A Ipsos Public Affairs e Fenaprevi realizou um estudo com 1,2 mil brasileiros em 72 municípios de todas as regiões do país e constatou que 76% da população admite que dependerá principalmente ou totalmente da aposentadoria pública do INSS para sobreviver. A pesquisa, divulgada no dia 12 de junho, comprova que caso esses entrevistados se aposentassem este mês, 48% deles dependeriam totalmente da aposentadoria pública para se sustentar.
“O levantamento mostrou que mesmo com intenso debate sobre o tema da reforma da previdência nos últimos dois anos, nós – como sociedade – falhamos em passar a mensagem adequada para a população”, afirmou o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Edson Franco.
A pesquisa também mostrou que dos 1,2 mil entrevistados, 28% dependeriam muito do INSS, 18% responderam que dependeriam pouco e apenas 3% afirmaram serem totalmente independentes da aposentadoria pública.
Educação e conscientização a favor da previdência privada
De acordo com projeções já divulgadas pelo governo brasileiro, na falta de uma reforma na previdência social, 60% dos recursos do orçamento serão consumidos no pagamento de aposentadorias e pensões em menos de 10 anos (percentual atualmente em torno de 45%).
O estudo Ipsos / Fenaprevi mostrou que a população brasileira ainda apresenta um alto índice de desinformação e que por conta disso, não possui uma boa percepção sobre a realidade da aposentadoria pelo INSS.
Segundo os dados da pesquisa, 51% dos entrevistados ainda consideram que o modelo da previdência social é sustentável e 53% afirmam que o INSS deveria se manter com o montante arrecado para previdência.
Franco destacou a necessidade de uma melhor conscientização sobre a previdência complementar. O executivo ressalta que apenas 6,5% da população brasileira tem acesso a uma previdência privada ou aberta. “Temos um potencial enorme de crescimento”, destacou.
A pesquisa Ipsos / Fenaprevi aponta que 60% dos entrevistados acham necessário ter um plano complementar de previdência. Outros 20% estariam dispostos a poupar até 10% do seu salário para a fase de aposentadoria e 11% estariam dispostos a poupar entre 11% a 20% do salário mensal.