Após um mês de funcionamento, o serviço de concessão automática do INSS já recebeu mais de 72 mil pedidos automáticos. Desses, mais 32 mil eram de aposentadorias e mais de 40 mil, de salário-maternidade urbanos. A expectativa é que a maior parte desses pedidos sejam concluídos nos próximos dois meses.
Segundo Jair Guerra, chefe substituto de Divisão de Atendimento do INSS, ainda existem regiões com demandas com meses de atraso ou situações que requerem um documento específico. O executivo explica que o pedido fica suspenso em análise caso a comprovação de todos os quesitos (como o caso da maternidade) não seja feita.
Seria o fim do atendimento presencial?
De acordo com o último levantamento do INSS, feito no dia 7 de junho, o governo pretende reduzir entre 15% a 20% o atendimento presencial nas agências. Guerra reforça que isso não significa o fim do atendimento presencial, mas sim, uma modernização para criar alternativas para agilizar e “desafogar” as agências físicas.
Diana Vaz de Lima, professora de ciências contábeis do setor previdenciário da Universidade de Brasília (UnB), alerta sobre as variáveis que podem prejudicar a população. Segundo a especialista, a baixa escolaridade e a falta de acesso a internet ainda é um problema em diversas regiões e cidades do país. Para ela, essa realidade compromete o avanço desse novo modelo do INSS. O argumento de Lima é reforçado por um levantamento do IBGE feito este ano, que aponta que 40% dos municípios brasileiros (entre eles como Piauí, Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Sergipe e Maranhão) ainda apresentam alto déficit de acesso à banda larga.
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Para o órgão, a concessão automática foi criada para que o cidadão passe a receber o benefício imediatamente e esse novo modelo foca primeiramente no público urbano. Os pedidos podem ser feitos via internet, por meio do aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135, (de segunda a sábado, das 7h às 22h).
Fonte: Agência Brasil